segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

PRODUTOS QUÍMICOS ABANDONADOS


Tambores com produtos químicos continuam abandonados

Os tambores com produtos químicos das empresas Resicor Tintas e Solventes e Resimater Tecnologia Ambiental estão abandonados no bairro Vila Alves em Jacarezinho desde setembro de 2003. O presidente da Câmara de Vereadores de Jacarezinho, Sebastião Ferreira Filho, o Kim da Farmácia, foi até o local para constatar a situação.

“Já foram feitas várias denúncias aos órgãos competentes, mas até agora nada adiantou. Estes tambores estão degradando o solo deste lugar”, destaca Kim da Farmácia. O terreno funcionava como depósito de material tóxico pertencente a Resicor e Resimater. Em setembro de 2003, o Ministério Público ingressou com uma ação para que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) parasse com o funcionamento das empresas. Devido a depoimentos de ex-funcionários e vistorias preliminares.

Mais de dez mil tambores estão espalhados pelo terreno, explodindo com a exposição do sol e sofrendo oxidação. Além de vários que estão com água em suas tampas, trazendo o risco de foco para a dengue. “O horário mais crítico é às 18 horas onde fica insuportável o loca, devido aos mosquitos”, ressalta um morador próximo.

“Aquele local está um armazenamento clandestino, pois a maioria daqueles tambores foram colocados sem a autorização do Instituto”, afirma Venilton Pacheco, chefe do IAP. Desde sua entrada a primeira ação foi contra as empresas.

O auto nº 055/2004 de ação pública é o processo que está na Justiça contra a Resicor e a Resimater, sendo composto de seis volumes e mais de 200 páginas cada um.

Segundo os autos é necessário a remoção urgente desses produtos para um local apropriado para estes materiais químicos. Os produtos que poderão ser utilizados serão mandados para duas empresas do estado paulista que tem cadastro na Agência Nacional de Petróleo. Já os que não tiveram possibilidade de recilagem serão encaminhados para a empresa Essencis de Caieiras (SP).

Em fevereiro de 2007, a Justiça fez um cronograma de retirada dos tambores em duas partes. Na primeira seriam retirados “Mistura de solventes fora da especificações”, “Barra de tintas”, “Tintas Recicláveis E-Coa base de água”, e “Águas Resideráveis”. Complementando o cronograma seria a vez dos produtos “Lodo de Ston”, “Barras Oleosas”, “Barra de tinta não recicláveis” e “Sólidos diversos impregnados por tinta, óleo e graxos (epi-s, papel, plásticos, metais e similares)”.

“A empresa começou a retirada, mas depois de uma semana não atuou mais na ação imposta pela justiça. O solo daquela região da cidade está sendo comprometido com estes produtos totalmente expostos”, finaliza o presidente da Câmara de Vereadores, Sebastião Ferreira Filho.

Marcos Junior

(Assessor da Câmara)

FOTO:

Barril 1, Barril 2 ou Barril 3

LEGENDA: Mais de dez mil tambores estão espalhados pelo terreno, explodindo com a exposição do sol e sofrendo oxidação